O vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, já chegou a todas as regiões do continente americano, desde os países do Sul até os Estados Unidos. A constatação é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que divulgou dados alarmantes: 21 dos 55 países americanos já registraram a presença do vírus que supostamente causa a má formação de fetos. O Aedes Aegypti, por sua vez, está ainda mais disseminado e só não adentrou os territórios chileno e canadense.
Com o responsável pela transmissão da doença presente no continente praticamente inteiro, a organização considera que é só uma questão de tempo até que a América toda registre casos de zika. A situação é ainda mais grave tendo em vista que o mosquito também transmite a dengue e a febre chikungunya.
De acordo com o órgão, a população americana não possui imunidade à doença, uma vez que não ficou exposta ao vírus antes do primeiro caso no Brasil, em maio de 2015. E isso permite que a zika se espalhe com mais rapidez. “A propagação explosiva do vírus zika a novas áreas geográficas com escassa imunidade entre a população é motivo de preocupação, sobretudo pelo possível vínculo entre as infecções durante a gravidez e as crianças nascidas com microcefalia”, declara a diretora do comitê executivo da OMS, Margaret Chan.
A ciência ainda pesquisa a ligação da doença com casos de microcefalia. Os dados mostram que, em 2015, foram registrados 2.782 casos de bebês que nasceram com a deficiência em território nacional, em comparação com apenas 147 em 2014 e 167 em 2013. Em janeiro, cientistas paranaenses descobriram que o vírus é capaz de penetrar a placenta durante a gravidez.
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Fonte: POP