Pelo menos 107 pessoas morreram e 238 ficaram feridas devido à queda na sexta-feira de uma grua no interior da Grande Mesquita da cidade de Meca, local mais sagrado do islão, foi hoje anunciado.
Segundo um novo balanço da proteção civil saudita, este grave acidente foi provocado pelo forte temporal de chuva e vento que atinge a zona.
A Grande mesquita de Meca é a mais sagrada do islão e destino da peregrinação do “hajj”, com início previsto para 21 ou 22 de setembro, e geralmente está repleta às sextas-feiras, o dia sagrado do islão.
Segundo um comunicado, 15 equipas da Defesa civil participaram nas operações de socorro das vítimas em colaboração com elementos da Crescente Vermelho e do Ministério da Saúde.
Na sexta-feira, um balanço inicial apontava para 65 mortos e 154 feridos.
Diversos vídeos e fotografias difundidos nas redes sociais mostram numerosos corpos ensanguentados no chão da mesquita, que estava com grande afluência, no momento do acidente.
A grua que tombou no interior da mesquita estava a ser utilizada para obras destinadas a restaurar e ampliar o recinto.
No momento do acidente, a cidade saudita estava sob fortes chuvadas.
O complexo religioso abriga designadamente a Kaaba, uma grande construção em forma de cubo que os peregrinos circundam por sete vezes, e em direção à qual os muçulmanos rezam cinco vezes por dia.
O governador da região de Meca, príncipe Khaled al-Faiçal, ordenou a abertura de um inquérito sobre o incidente, que ocorreu quando a Arábia Saudita se prepara para receber centenas de milhares de peregrinos para o “hajj”, um dos cinco pilares do islão e que todo o crente deve pelo menos cumprir uma vez na sua vida.
A agência oficial saudita SPA indicou na sexta-feira que cerca de 800.000 peregrinos já tinha chegado ao país para a celebração do “hajj”.
Um enorme projeto está atualmente em curso para aumentar a superfície da mesquita, de 400.000 metros quadrados, e que permitirá acolher até 2,2 milhões de pessoas em simultâneo.
A mesquita estava rodeada por diversas gruas para a execução dos trabalhos.
Fonte: Lusa