Cinco homens foram presos pelas policias militar e civil de Cacoal (RO), município a 480 quilômetros de Porto Velho, por envolvimento no latrocínio de um empresário, então de 34 anos, morto na semana passada. Um deles foi detido no mesmo dia do crime. Os demais foram capturados na última sexta-feira (31).
De acordo com o capitão Marcos Fra, da PM, os envolvidos fazem parte de uma organização criminosa. Entre os integrantes, há suspeitos de Cacoal, Ji-Paraná e Amazonas. Um dos envolvidos segue foragido.
Marcos conta que, depois do latrocínio, a PM iniciou uma operação para chegar aos suspeitos após levantamento de informações. Ao saberem que um deles poderia estar baleado, os policiais encaminharam a informação aos hospitais da região. Assim, conseguiram chegar ao primeiro envolvido.
“Ele procurou atendimento médico em Presidente Médici e foi encaminhado ao hospital de Cacoal. Após o reconhecimento do suspeito feito pelas vítimas, a equipe de inteligência compareceu ao local e o prendeu em flagrante”, contou.
Depois da prisão, os policiais levantaram informações junto às próprias vítimas, como reconhecimento de fotos e buscas nas redes sociais. No início, Marcos Fra disse que a corporação pensava se tratar de apenas duas pessoas envolvidas diretamente no crime. Entretanto, no segundo dia de trabalho e após denúncias, concluíram que o latrocínio foi organizado e executado por um grupo criminoso de sete integrantes.
“Pedimos ao delegado de plantão que solicitasse ao juiz mandados de busca nas residências dos suspeitos, onde estariam escondendo os produtos roubados das vítimas. Ainda na madrugada, o juiz concedeu o mandado de busca e na manhã de sexta-feira o cumprimos”, contou o capitão.
No cumprimento do mandado de busca, os policiais conseguiram efetuar prisões de pessoas ligadas com a execução do latrocínio. Durante outras diligências, a polícia conseguiu identificar quem fez a receptação dos produtos do roubo.
“Todas as pessoas foram conduzidas à Delegacia de Polícia Civil e apresentadas para a autoridade policial, onde foi lavrado o flagrante e posteriormente apresentados ao juiz”, afirmou Marcos.
O capitão explica ainda que, apesar de algumas pessoas terem sido responsáveis apenas pela receptação dos produtos, todas têm ligação com a organização criminosa. Segundo a polícia, eles sabiam do ouro que seria roubado no dia. Mesmo assim, fizeram a aquisição do produto.
A polícia apurou que os dois executores do crime eram de fora de Cacoal, sendo de Ji-Paraná e Humaitá (AM). “São moradores de Cacoal e costumam ficar atentos a esses produtos. É uma moeda de fácil comercialização”, explicou.
Carabina
Durante a ação, um dos suspeitos foi ferido por um disparo de arma de fogo. Graças a esse ferimento, a prisão foi facilitada. Houve a cogitação que o tiro foi disparado pelo pai da vítima, já que possui uma carabina calibre 22. A arma é registrada.
“O pai da vítima fatal estava de posse de uma carabina calibre 22. Em um momento de descuido dos suspeitos, chegou a efetuar um disparo, mas não atingiu ninguém. Os sinais nos apontam que o tiro que feriu um dos agentes nas costas provavelmente foi da própria arma. A vítima, antes de falecer, conseguiu tirar a arma a força desse meliante. Na ânsia da morte, efetuou um disparo como legitima defesa”, disse o capitão Marcos Fra.
Ele conta que sete pessoas foram conduzidas à Delegacia de Polícia. Cinco permanecem presas em flagrante.
Um sexto suspeito já está com um mandado de prisão em aberto e é considerado foragido da justiça. Sobre o sétimo envolvido na ação, não foram apresentadas provas suficientes do envolvimento dele, mas a polícia continua com as investigações.
Fonte: G1