Nome de Jeff Sessions ainda precisa ser confirmado pelo Senado. Democratas dizem que escolha mostra que Trump não quer unir o país.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (18) o nome de três aliados para liderar as equipes de segurança nacional e da justiça.
Para quem imaginava que os ataques de Trump à imigração fossem só da boca para fora, a nomeação de Jeff Sessions foi um choque de realidade.
O senador do Alabama é a favor da construção do muro na fronteira com o México e um dos mais ferozes críticos dos imigrantes ilegais. É contra o aborto, o casamento gay, a legalização da maconha.
Trinta anos atrás, o Senado rejeitou a indicação de Sessions para juiz federal porque ele teria dado declarações racistas. Agora, Sessions foi escolhido por Trump para ser procurador-geral, um cargo equivalente ao de ministro da Justiça.
O nome de Sessions ainda precisa ser confirmado pelo Senado, onde os republicanos são maioria. Mas a oposição democrata promete fazer barulho. Diz que a escolha mostra que Trump não quer unir o país.
Para chefiar a CIA, a poderosa agência de inteligência, Trump indicou Mike Pompeo. O deputado do Kansas defendeu técnicas de interrogatório consideradas tortura e a pena de morte para Edward Snowden, que denunciou os programas de espionagem americanos. Pompeo é contra o fechamento da prisão de Guantánamo e o acordo nuclear com o Irã.
“Precisamos reconquistar a capacidade de esmagar nossos inimigos.” É o que pensa o general reformado Michael Flynn, escolhido para ser o conselheiro de Segurança Nacional.
Democrata, Flynn perdeu o cargo de diretor de uma agência de inteligência depois de criticar a política antiterrorista do governo Obama. Ele diz que o islã não é uma religião, “é uma ideologia política que ameaça o mundo”.
A promotoria do estado de Nova York anunciou nesta sexta-feira (18) que Donald Trump concordou em pagar o equivalente a quase R$ 85 milhões para encerrar três processos contra uma empresa dele, a Universidade Trump. Ex-alunos acusavam a instituição de fraude. Trump sempre negou as acusações.
Fonte: G1