Delegado conclui que o grupo Odebrecht arcou com custos de construção da sede do Instituto Lula ou de outras propriedades do ex-presidente.
O relatório da Polícia Federal sobre a operação indica um possível envolvimento do ex-presidente Lula em práticas criminosas. O documento complementa os pedidos prisão e busca e apreensão dessa fase da Lava Jato.
O delegado diz que “anotações de uma planilha revelam o controle de Marcelo Odebrecht sobre a destinação de recursos à margem da lei para o Partido dos Trabalhadores”. O delegado e explica ainda que o documento se refere a anotações encontradas no celular de Marcelo Odebrecht. Nelas, está escrito prédio (IL) ao lado do valor de R$ 12,4 milhões. Para os investigadores, “é possível que IL seja uma referência ao Instituto Lula”.
O dinheiro seria a soma de vantagens indevidas a partir de contratos da Petrobras e também pela disponibilização de serviços, bens e outras benesses.
O delegado conclui que o grupo Odebrecht arcou com custos de construção da sede do Instituto e ou de outras propriedades de Lula.
O delegado diz ainda que “o possível envolvimento do ex-presidente em práticas criminosas deve ser tratado com parcimônia”, o que, segundo ele, “não significa que a polícia deva deixar de exercer as suas funções”.
O Instituto Lula declarou que nunca recebeu dinheiro para comprar ou construir qualquer prédio. Que a sede funciona desde 2011 em um sobrado adquirido em 1991 e que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei e a favor do Brasil.
O PT afirmou que todas as doações ao partido foram realizadas dentro da lei e declaradas à Justiça Eleitoral.
Fonte: G1