Régua registra 15,07 metros; transbordamento acontece a partir de 15,50.
Segundo Defesa Civil, três bairros já foram atingidos pela água na capital.
A Defesa Civil de Porto Velho decretou estado de alerta para o nível do Rio Madeira, que não para de subir desde o início de fevereiro. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o último monitoramento divulgado mostra que na segunda-feira (7) o rio atingiu 15,07 metros. Com a água subindo, três bairros da capital já foram afetados e 100 pessoas precisaram ser retiradas de casa por medida de segurança.
De acordo com a Defesa Civil, o nível ainda está abaixo da cheia histórica registrada em 2014, quando a régua de monitoramento ultrapassou os 19 metros e deixou quase 13 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
A grande preocupação das autoridades era com as intensas chuvas na cabeceira do Rio Madeira na Bolívia, conforme mostra o mapa do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Segundo o meteorologista Carlos Querino, a chuva deve se manter estável nesta semana.
“As chuvas da última semana foram mais concentradas na bacia do Rio Mamoré, então ela vai levar um tempo de resposta para chegar aqui na nossa região. Ela deve estar chegando por estes dias, mas apenas um repiquete, mas nada que venha a alardear a sociedade”, diz o meteorologista do Sipam.
Mesmo assim as autoridades da capital continuam em estado de alerta, para caso o nível do rio venha a aumentar nos próximos dias. Segundo a Defesa Civil, se atingir os 15,50 metros o Rio Madeira vai transbordar, afetando assim várias casas que ficam às margens do rio. Na semana passada o nível era de 13,82 metros. Na segunda-feira o número saltou para 15,07 metros.
Esta é a primeira vez este ano que o Rio Madeira registra um nível tão alto.
Embarcações
Com o aumento do nível do Rio Madeira, o capitão da Corveta de Porto Velho, Luís Claudio Lima, alerta para riscos de acidentes com embarcações, devido aos troncos de árvores e pedaços de madeiras que descem pela água com mais força.
“Há risco de colisão entre a embarcação e o tronco. O navegante precisa ter bastante cuidado, pois algumas das vezes eles estão semi-submersos”, diz.
Fonte: G1