Em um comunicado ao Estado, Vivo confirma que não seguirá com seus planos de impor apenas pacotes limitados de internet em sua vitrine de serviços. A operadora de telefonia móvel disse que pacotes sem restrições de dados também estarão disponíveis aos consumidores, embora isto provavelmente custe mais aos bolsos dos clientes.
A decisão aconteceu logo após o ministro das Comunicações, André Figueiredo, divulgar a busca por um acordo com as grandes provedoras de serviços de telecomunicação no Brasil, pedindo por um compromisso maior por parte delas, incluindo a não alteração dos contratos de quem já está cadastrado e a criação de opções ilimitadas. De acordo com a Vivo, tal política estava sendo estudada desde meados de fevereiro, quando anunciou publicamente a limitação de banda larga em seu sistema fixo.
Após ter revisto as possibilidades envolvendo os pacotes com e sem limites, a assessoria da operadora afirma que a conclusão fora tomada na sexta-feira da semana passada, 15 de abril, tornando-a pública apenas no dia de hoje. Planos com franquia de dados podem ser lançados em até dois anos pela Vivo, diz o presidente da operadora, Amos Genish.
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Reduzir a velocidade de acesso e até cortar a conexão à internet dos excedentes são opções visadas por ela, apesar deste último ir diretamente contra o Marco Civil, que permite o corte apenas em caso de inadimplência. Não há informações sobre a diferença de preços entre os sistemas limitados e ilimitados de banda larga da empresa, embora seja natural que a versão sem restrições seja mais cara do que a outra. A franquia de dados em internet fixa ainda não é vigente, pois a Anatel suspendeu a medida até que todas as suas exigências sejam cumpridas.
A posição da Anatel sobre a internet ilimitada
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), com o respaldo de seu atual presidente, João Rezende, abre brechas para que as operadoras pratiquem o serviço de banda larga limitada no Brasil. De fato, o executivo que comanda a Agência diz que a internet ilimitada educou mal os habitantes do país, determinando o fim dessa era.
Além disso, ele culpa os jogos on-line pelo excesso de consumo de dados em solo brasileiro,sendo rebatido com brincadeiras protestantes por parte dos internautas. Em adição aos duros comentários nas redes sociais, conforme o noticiado ainda hoje, uma petição no AVAAZ pede o impeachment de João Rezende, buscando o fim de suas atividades como presidente da Anatel. Há, no momento desta publicação, mais de 28 mil participantes, querendo alcançar a meta de 30 mil.
Fonte: Tudo Celular