Apenados atearam fogo no local após comprimento de decisão, diz Sejus.
Presídio ficou destruído e ameaça desabar segundo agentes
Apenados do semiaberto da Colônia Agrícola Penal Ênio Pinheiro permanecem em frente ao presídio, mesmo após ele ter sido incendiado na manhã desta segunda-feira (11). De acordo com a Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus), os presos atearam fogo no local após serem impedidos de sair sem a pulseira de monitoramento. O incêndio destruiu todas as celas da unidade, mas ninguém se feriu.
A decisão publicada no dia 3 de novembro de 2015, pelo Juiz, Renato Bonifácio de Melo Dias, determina que os apenados que saírem da Colônia Agrícola Penal devem ser monitorados eletronicamente por tornozeleiras.
O apenado, Fabrício Barrosos, de 28 anos que cumpre pena por tráfico de drogas, afirma que essa decisão é incoerente com a situação vivida na colônia. “Nós sempre saíamos sem pulseira e voltávamos, mas hoje eles começaram a querer cumprir essa decisão. Se sairmos na rua agora sem a autorização ou sem pulseira, somos considerados foragidos pela justiça”, disse Fabrício.
Mesmo embaixo de chuva, os apenados estavam em frente à Colônia Agrícola Penal esperando uma resposta do diretor da unidade. O G1 entrou em contato com a Sejus, mas até a publicação desta matéria não foi informado sobre o que irá acontecer com os apenados que se encontram em frente à unidade prisional.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Anderson Pereira, nenhum preso ou agente se feriu durante o incêndio. Conforme alguns agentes penitenciários que preferem não se identificar, a estrutura da unidade está destruída e ameaça desabar a qualquer momento. O Corpo de Bombeiro fará perícia no local.
Fonte: G1